... Vai bem. Não é nada de outro mundo. Mas é algo que promete se tornar relevante com o passar do tempo.
A par da minha colega, sou um dos mais velhos em todo o espaço, não incluindo a minha chefe e o meu patrão. O que me deixa um certo peso nos ombros, mas no fim acabo por ser tão jovial, quanto eles.
Um dos motivos que me fez querer mudar de trabalho foi também o facto de eu ter mais tempo para mim mesmo. E é o que estou a fazer agora a ter mais tempo a cuidar de mim, voltei ao ginásio em força.
Concluindo, mudanças nunca são fáceis... Mas estou feliz.
... Quando o part-time se torna full-time. É o antigo full-time, se torna part-time.
um tanto ou quanto confuso, eu sei. Mas foi isto que me aconteceu nas duas últimas semanas. Recebi uma proposta para tempo inteiro no lugar onde estava a fazer algumas horas, após considerar um pouco, porque no fim de contas, precisei de somar todos os prós e contras, e verificar que resultado iria eu obter destas trocas e baldrocas. Sinceramente o dinheiro pesou um pouco na (in)decisão, porque vou passar a ganhar algumas centenas a menos no final do mês, mas por outro lado o que eu irei ganhar em e qualidade de vida irá pagar todo o dinheiro que eu possa vir a "perder", irá ser compensado por uma estabilidade que há muito eu estava à procura e pelo tempo que irei ter para mim próprio.
O mais complicado foi mesmo ter que dar a notícia ao local onde trabalhava. Conhece-os bem e sei como funcionam nessas situações. E posso dizer que me conseguiram surpreender ao primeiro me quererem aumentar o salário, o que seria tentador se eu soubesse que teria trabalho em qualquer das estações, que eu sei que não funciona dessa forma, como ao me manterem a trabalhar as horas que eu quiser, fazer extra, bem como ter um patrão que adoro a dizer-me que se algo correr mal, eu terei meu lugar sempre disponível no restaurante, e isso encheu-me o coração, porque sei que deixei uma marca para sempre naquelas pessoas! Fui fiel a mim mesmo, trabalhei e dei tudo de mim e isso verdadeiramente arcou a diferença.
Agora uma nova aventura se inicia. "Fingers crossed" vai tudo bem!
Dado que a situação no meu trabalho, não é das melhores, decidi que devia procurar outra coisa.
Um trabalho em full-time era o indicado, tenho concorrido a vários on-line, mas parecem-me totalmente inúteis. Cheguei a fazer aplicação para dezenas e nem para um tive uma chamada, recebi um e-mail informando que haviam pessoas com o perfil mais adequado às funções, em prol do meu. Então há cerca de três meses vi um anúncio num coffee shop, que desconhecia a sua existência, e fiquei de lá deixar o me currículo, ainda que fosse para um part-time. É assim foi. Certo é que duas horas depois de lá ter deixado os meus dados, ligaram-me. Achei muito estranho, rapidez. Ainda assim marcaram-me uma entrevista pessoal à qual acedi e a verdade é que desde então, estou lá a trabalhar. Agora com vista a uma possível melhoria (Fingers crossed) se a minha Manager conseguir uma nova oportunidade de trabalho, irei ser referido como a melhor pessoa para ocupar o seu lugar.
Para mim, não existem coincidências e tudo acontece por um motivo. Já mereço alguma estrelinha a olhar por mim :)
Desde que cheguei ao Reino Unido, estou a trabalho no mesmo local, um restaurante italiano. Que por mais queixas que possa tecer, é o que me tem pago as contas e por isso não me posso queixar de tudo.
Quando lá cheguei haviam três portugueses a trabalhar, eu seria o número quatro. Uma polaca. Um romeno. E finalmente, três ou quatro, italianos. O que para mim completava uma equipa homogénea.
Desde o primeiro dia, apercebi-me que a relação entre o patrão, de 60 anos, e da polaca, cerca de trinta, ambos casados (mas não entre eles), seria mais do que profissional, pelo que assegurava à rapariga o posto de trabalho.
À parte dessa e logo seguindo na "hierarquia de preferências" do patrão estavam os italianos e por fim estavam os "outros" que neste caso eram os portugueses.
Na verdade, vi mais bem pessoas entrarem e saírem, nestes três anos. Alguns italianos, outros de outras nacionalidades e por fim os portugueses. Sendo eu o último dos "sobreviventes".
Além disso, todos os italianos que por lá passaram, seriam sempre os predilectos, mesmo que fizessem menos dos eu os outros.
Portanto a reter: senão te envolverem como patrão, o melhor é seres italiano. Embora tenha sempre trabalho de verão, no inverno passo quase que a não fazer nada, sim os italianos continuam a ter trabalho. (Risos)
Neste momento os "outros" são uma minoria: um português, uma polaca (lugar 100% cativo) e um búlgaro. Não tenho nada contra outras culturas, longe de mim, sou a pessoa mais "menos racista" que eu possa conhecer, mas sou contra o favoritismo quando o mesmo é injusto.
Portanto no momento estou à procura de novas oportunidades que me façam de forma justa progredir e ter um trabalho por um ano inteiro e não apenas no verão ;)
Estou certo que isto acontece comigo e irá acontecer comodoros emigrantes e infelizmente irá acontecer com pessoas que ainda estão para sair do seu país. Portanto, não se deixem ficar, aqui há imensas oportunidade é só preciso abrir os olhos e lutar para isso.
Eu sei... 3 meses separam este post, da minha anterior visita ao mundo dos blogs.
Isto de ser emigrante não é fácil, desengane-se quem pensa o contrário.
Recuperando o Natal, a minha mãe e o meu sobrinho mais novo visitaram-me, foi muito bom e duas semanas e meia depressa acabaram. Um dos piores momentos foi sem dúvida a despedida, disse logo à minha mãe: "não se ponha a chorar" e lá entrou ela na porta de embarque em lágrimas. Voltei costas e meti-me no carro, saí do aeroporto e aí sim tive o meu momento de descompressão emocional. Chorei até me sentir mais leve. Cada vez mais sinto que eles deviam estar aqui ao meu lado e estivesse a independência financeira que anseio seria isso que faria em primeiro lugar.
Prometo que desta vez não vou desaparecer por tanto tempo. Aliás, que tenha um tempo irei preparar posts e irão automaticamente ser publicados em datas apropriadas.
Obrigado Blogs da Sapo pelo destaque. Completamente inesperado do meu post. É sem dúvida um alento à continuar nesta aventura da escrita. Bom Natal a todos os leitores dos blogs da sapo e da equipa dos sapinhos
Em primeiro lugar quero pedir desculpa por não ser tão activo, quanto eu gosta de o ser. No entanto, nem sempre é fácil conciliar tempos livres com trabalho e ainda vir aos blogs. Este é o terceiro Natal que passo além das portas da minha casa. Por tradição sempre passei o dia de Natal em casa. Passado em família, os meus familiares mais próximos são poucos, por isso era sempre passados com os 4 lá de casa e depois enchíamos a casa com os primos mais chegados. Desde que me mudei para cá, isso deixou de ser um habitué e acabei por passar apenas com os meus primos, que entretanto se haviam mudado para cá também,mas sem o miminhos da mãe e a presença dos sobrinhos. Este ano e pela primeira vez após dois anos e meio sem os ver, a minha mãe vem passar o Natal connosco e o meu sobrinho mais novo também. Portanto como devem imaginar ando em pulgas. Chegam na véspera de Natal, portanto mesmo a tempo de toda a festividade. Conheço-me a mim e ainda melhor à mulher que me transportou mais de 9 meses no ventre (sim eu saí mais tarde do que o previsto, dezassete dias depois). Estou e sinto-me grato por esta reunião familiar... Se não postar nada antes, desejo-vos um Bom Natal
Quando decidimos deixar o nosso país, em busca de um futuro melhor, acho que não sabemos bem ao que sabemos! Conheço casos, e eu próprio, dizia estar preparado para tudo, lá na minha terra -se dizer que quem sai do seu país até limpar casas de banho não se importam, sem qualquer desprimor para quem o faz (eu continuo a fazer, sempre que necessário). Há dois anos atrás estava sem trabalho há cerca de 8 meses e estava desesperado por encontrar alguma coisa. Tentei de tudo, supermercados, restaurantes e outras tantas coisas, mas nunca me chamaram, nem para uma entrevista. Tive que ganhar coragem, muita mesmo. Deixar a minha mãe "sozinha" foi o que mais me custou. Aliás foi o que me travou durante tanto tempo. Passaram dois anos e ainda não a vi pessoalmente (será este Natal - Fingers crossed) Quando aqui cheguei, precisava imenso de começar a trabalho. Quase que vim, com uma mão à frente e outra atrás e pouco mais do que isso. Através de conhecidos comecei a trabalhar num restaurante. Jamais imaginei escostumavatar nesta posição, comecei a fazer o trabalho de "lava-pratos", foi um dos trabalhos mais difíceis que alguma vez tive que fazer. Hoje dois anos passados continuo no mesmo trabalho e o meu patrão costuma me dizer, que quando me viu entrar pela porta, no meu primeiro dia, não me dava mais do que 2 dias. Esforcei-me imenso, transpirei a água do meu corpo, mas também dor e sofrimento. Não podia perder esta oportunidade, era novo aqui, o meu inglês não era o melhor e precisava desesperadamente deste trabalho. O meu segredo, foi sem dúvida apaixonar-me por aquele espaço, ainda que a lavar pratos eu era feliz. Tanto que alguns meses depois de começar, fui convidado a passar a servir às mesas, aceitei a medo, mas quero crescer e assim foi. Até que consegui chegar a uma espécie de ajudante do Manager, hoje em dia podendo ter o espaço sob minha supervisão. Se isto se passasse em Portugal eu iniciaria a minha jornada como lava-pratos é muito provavelmente terminaria como um. Pelo que se torna aliciante a aventura de começar por baixo, mas com a grande probabilidade de progredir. A todos os que anseiam sair do seu país em procura de novas oportunidades, eu acredito que elas estão aqui. Mas preparem-se que a vida aqui não é fácil, ganhamos mais do que aí, mas também trabalhamos muito mais. Se têm um trabalho fixo em Portugal e as contas orientadas, tentem manter-se por aí. Aqui o mundo é feroz, não esperem facilitismos... Mas um mundo mais justo. Parece que me contradigo, mas na minha cabeça faz todo o sentido. Alguém por aí com estes problemas de querer sair de portugal, mas querendo ficar? Rm
Nunca antes teria tão dado tanto valor a este sentimento, se não tivesse emigrado. Saudades, essa palavra que se diz tão portuguesa. Quem nunca sentiu saudades? Tenham um bom fim-de-semana.
Uma das épocas festivas, que em Portugal não me recordo de festeja é o Halloween - o tão dito Dia das Bruxas. Sabia o que era, por causa das aulas de inglês e nos últimos anos bares e discotecas, tinham vindo a tentar Cativar mais clientes para este dia. Pois bem, aqui no Reino Unido é comemorado é muito bem... Lojas enchem-se se decorações para a época, e as abóboras são sem dúvida as rainhas da festa. É também nesta semana que os miúdos ficam de férias uma semana e assim aproveitam as celebrações
Acho muita piada às tradições da cultura inglesa, que tem alguma ligação com a nossa cultura. O Halloween é a abreviação da palavra 'All Hallows Even' o dia de todos os santos, para os escoceses ta como para nós.